No dia 13 de dezembro de 2020, saiu uma matéria sobre uma confeiteira faturando 8 milhões de reais por ano, com curso online de confeitaria. A pergunta que fica é: quanto ganham os confeiteiros que fizeram o curso?
Longe de ser uma exceção, a pandemia viu um boom de cursos e negócios digitais. Segundo um relatório lançado em outubro de 2020 da Atlântico, as empresas privadas que mais contrataram na América Latina são de tecnologia.
Muitas pessoas ainda pensam em empreendedorismo na forma mais simples: comprar e vender coisas palpáveis. No Brasil e principalmente no Rio (devido ao turismo e geografia da cidade), o comércio é a forma mais comum de empreender.
De bolos a lentes de aumento, há todo tipo de item sendo vendido, e pequenos estoques sendo feitos e perdidos. Porém, a grande maioria desses empreendedores começou por necessidade, sem preparo, e mesmo após anos de experiência, às vezes não sabem reconhecer as próprias competências desenvolvidas.
No universo digital e no empreendedorismo 4.0 (este que lida com a internet e criação de conteúdo), o produto é quase sempre intangível, fruto de propriedade intelectual. Não que as receitas de bolo não sejam, mas no digital, o produto não requer estoque, armazenamento, conservantes e, muitas vezes, não possuem validade.
Não há que se falar sobre entregas e transporte. Nem de “quebrar” na mão de terceiros! Pelo contrário, o terceiro, sendo uma plataforma, muitas vezes facilita e automatiza a entrega e a monetização. Lojas como a Steam (no caso de desenvolvimento de jogos) ou plataformas como Twitch (para streaming) e YouTube (para vídeos), se encarregam de monetizar e entregar os produtos. Claro, a competição é feroz, mas isso só mostra a acessibilidade da área audiovisual 4.0.
Os casos de sucesso são inúmeros. Longe de ser exceção da exceção, como no caso de jogadores de futebol, as celebridades digitais não param de crescer, assim como a indústria de games. Afinal, diferente dos aplicativos, os gamers consomem mais de um jogo e assistem conteúdo online como se fosse TV.
A verdade é: está mais difícil pensar em desculpas para não começar!
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